Acabei de receber por email de minha amiga Melinha (via Virginia Parente de NYC) uma matéria de capa - que reproduzo abaixo - do Caderno Ela do jornal O Globo do dia 05/06 sobre a nossa Laís Ribeiro.
"RIO - É fato raríssimo. Uma new face abriu o desfile da Lenny, conhecido por ter o melhor casting do Fashion Rio. Embora tivesse contratado a top Izabel Goulart, a estilista escolheu uma novata para inaugurar sua passarela, a piauiense Laís Ribeiro, de 20 anos. Com apenas um ano de profissão, a modelo chamou a atenção dos jornalistas de moda não apenas por este feito, mas por ser a recordista de desfiles nesta edição da semana de moda carioca. Até domingo à noite, ela tinha sido contratada para fazer 26 desfiles - e o número ainda pode aumentar nesta segunda.
- Estava bem óbvio que seria a Izabel Goulart que iria abrir. Eu fiquei muito emocionada por abrir o desfile - contou Laís, durante uma sessão de maquiagem de um dos seis desfiles que fez no dia. - Hoje eu desfilei numa passarela de sal grosso e ganhei uma medalhinha abençoada. Acho que foi isso.
Ao final da apresentação da Lenny, Laís chorou enquanto as outras modelos davam gritinhos de guerra em volta da estilista para comemorar mais uma coleção. Esta foi a primeira vez que ela abriu um desfile na vida. Laís virou modelo há apenas um ano, aos 19, quando se inscreveu no concurso Beleza Mundial, da agência Joy e ficou em quarto lugar. Para os padrões da moda, ela iniciou a profissão tarde. Em média, uma menina começa a desfilar no Brasil aos 16 anos. Exatamente por isso, ao contrário da maioria das modelos, Laís terminou o ensino médio.
Mãe de um menino de 2 anos, ela estreou na passarela no Oi Fashion Rocks, em outubro de 2009, quando desfilou para a Calvin Klein e para o brasileiro André Lima. Hoje, a modelo mora em Nova York.
Nascida no Piauí, ela morou em Brasília dos 4 aos 13 anos, quando seus pais se separaram e ela foi morar com a irmã e a avó, na pequena cidade de Miguel Alves, em seu estado natal. Aos 17, engravidou e teve Alexandre, que hoje mora com a mãe dela, professora de português.
Laís faz o sinal da cruz antes de pisar na passarela, reclama quando o maquiador puxa o cabelo dela com força e diz que é negra, embora tenha traços predominantemente indígenas.
- Eu me surpreendi com a garra das meninas nessa profissão e também com a competição, que é muito forte e negativa - conta Laís, enquanto come um brigadeiro escondida de sua booker."
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